o blog,

A princípio não achei nada demais das canções que fizeram dos Hermanos uma banda popular (Anna Júlia e Primavera). Até que um dia o Dihmas me apareceu aqui em casa trazendo um CD ao vivo dos caras – não me lembro direito... mas acho que foi o Na fundição progresso Não dei muita atenção, não. Deixei o CD em cima da mesinha e esqueci da coisa. Mas, depois de algum tempo, fui organizar uma papelada e fiquei frente a frente com o ele, de novo. Encontrei o CD todo empoeirado. Tinha escorregado por de trás da mesinha e, assim, ficou guardado, entre a parede e o móvel do quarto uns bons dias, fermentando... Peguei e pus no som para ouvi-lo enquanto arrumava a bagunça do quarto. Tocou a primeira música.  A segunda, a terceira e fui escutando meio desconfiado. E confesso que a princípio gostei de uma ou duas músicas, só (O vencedor e Cara estranho). Na verdade, partir delas é que fui sentindo mais necessidade de entender a canção dos caras. Como eram faixas distantes uma da outra eu acabava ouvindo as demais que as separavam. E percebi que quanto mais ouvia, mais necessidade tinha de compreendê-las, e, assim, fui atentando com mais cautela para o sentido da melodia e das letra. E nessa brincadeira acabei percebendo em toda obra dos Hermanos algo de muito peculiar: que há, quase sempre, um trato especial com a palavra, com a melodia, com a composição das canções – por mais  simples e prosaico que possam parecer. Daí tive a idéia de criar este blog comentando minha maneira de enxergar a criação poética dos caras e deixar que o leitor também escreva e opine a respeito de como interpreta algumas das canções hermânicas. Afinal, acho que ainda não há, entre os fãs, nada parecido. Vamos ver no que vai dar.


Amorim